quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Fernando Affonso Collor de Mello

Nascido em 12 de Agosto de 1949, no Rio de Janeiro, foi eleito o presidente mais jovem da história do Brasil, com 40 anos de idade, e foi também o primeiro a ser eleito por voto direto do povo, foi eleito após o ex. presidente José Sarney, em 1989.
Um dia após tomar posse do Governo, Collor estabeleceu um plano econômico chamado “Plano Collor” criado pela ministra da Fazenda Zélia Cardoso de Mello, que criou o Plano Collor I e II. Em Maio de 1991, ela foi substituída por Marcílio Marques Moreira, que criou o 3º plano econômico do Governo Collor, o “Plano Marcílio”.  
                                
       Plano Collor I
Antes de Collor tomar posse de seu governo, o nosso país sofria com a hiperinflação, que em média mensal era de 28,94%. O Plano Collor tinha o intuito de estabilizar a inflação por “congelamento” do passivo público e reduzindo o fluxo de dinheiro para parar a inflação inercial. Para esse plano funcionar, Collor precisaria garantir uma monetização “ordenada” e “lenta”, para que a inflação manteve-se em baixa, para conseguir controlar a monetização teriam q usar ferramentas econômicas como impostos, taxa de câmbio, crédito e taxas de juros.
Com a implantação de seu plano, nove meses depois a inflação caiu para 20% por mês.
O congelamento causou problemas no comércio e na produção industrial. Com a retirada do dinheiro, de 30% para 9% no BIP, ele diminuiu 80% da moeda em circulação, assim a taxa de inflação de 81% em Março caiu para 9% em Junho. Contudo o governo teve de encarar duas escolhas: poderia segurar o congelamento e arriscar uma recessão devido à redução dos ativos, ou monetizar a economia através do descongelamento e correr o risco do retorno da inflação.
O fracasso do Plano Collor I foi creditado pelos economistas keynesianos e monetaristas à falha do governo de controlar a monetização da economia. O governo abriu muitas "brechas" que contribuíram para o aumento do fluxo de dinheiro: os impostos e as contas do governo emitidos antes do congelamento poderiam ser pagos com o velho Cruzado, criando uma forma de "brecha de liquidez", que foi plenamente explorada pelo setor privado. Contudo governo foi incapaz de diminuir despesas, assim não podendo utilizar as ferramentas acima. Os motivos vão desde o aumento do compartilhamento da receita de impostos federais com os estados até a cláusula de "estabilidade de emprego" para os funcionários públicos, instituída na Constituição Brasileira de 1988. Os economistas Bresser Pereira e Mário Henrique Simonsen, eles os ex-ministros das Finanças, tinham previsto, no início do plano, que a situação fiscal do governo tornaria impossível o plano de trabalho.

       Plano Collor II
O plano Collor II iniciou-se em janeiro de 1991. Ele teve novos congelamentos de preços e a substituição do taxas de overnight com novas ferramentas fiscais que para ele incluíam as taxas de produção antecipada de papéis privados e federais.
O plano reduziu apenas um pequeno prazo de queda na inflação, que voltou a subir em maio de 1991.

       Plano Marcílio
No dia 10 de maio de 1991, Zélia foi substituída por Marcílio Marques Moreira, um economista formado pela Georgetown University que era embaixador do Brasil nos Estados Unidos na época de sua nomeação.
O Plano Marcílio foi considerado mais progressivo do que seus antecessores, com uma combinação de altas taxas de juros e uma política fiscal restritiva. Ao mesmo tempo, os preços foram liberados e um empréstimo de US$2 bilhões do Fundo Monetário Internacional garantiram as reservas internas.
Durante o Plano Marcílio a hiperinflação continuou. Marcílio deixou o Ministério da Fazenda ao seu sucessor, Gustavo Krause, em 2 de outubro de 1992. O presidente Fernando Collor de Mello já tinha saído de seu cargo devido ao impeachment pelo Congresso, em 28 de setembro de 1992, por acusações de corrupção em um esquema de tráfico de influência, acabando com as tentativas de acabar com a hiperinflação.


       Corrupção no governo Collor
Em maio de 1992, um desentendimento familiar fez com que o irmão do presidente, Pedro Collor, que denunciou um grande esquema de corrupção do governo, comandado pelo tesoureiro da campanha, e empresário Paulo César Farias.
O Congresso Nacional foi pressionado a instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o intuito de investigar as denúncias. O relatório da CPI revelou vínculos entre o presidente e empresário Paulo César Farias.


       Processo de Impeachment
O mecanismo do Impeachment foi utilizado pela primeira vez pelo ex: presidente, Fernando Collor de Mello. A partir do momento que a CPI foi utilizada em seu governo, e o relatório de tornou público, as pessoas se juntaram a mesa da Câmara para a abertura do processo de Impeachment. E assim, coube a mesa da Câmara aprovar ou não, a abertura de um inquérito a partir das conclusões, sendo aprovado, o presidente da Câmara abriu caminho para um libelo acusatório contra o presidente ou algum outro a quem se pretende julgar.

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